quarta-feira, 18 de junho de 2008

Textura

Os fios,as idéias
De diferentes formatos
Eu junto,transformo,entrelaço
Pra formar o texto

Teço o tecido,atravesso os fios
as linhas confusas da minha emoção
Traço assim o eixo,cheio de nuanças
das palavras têxtis do meu coração

quinta-feira, 12 de junho de 2008

12 de junho


Quando vai chegando essa época do ano,todo mundo acaba ficando mais sensível. Até eu que considero todas essas datas invenções do capitalismo pras que pessoas consumirem acabo ficando mais comovida.
Sabe como é...Esse negócio de dia dos namorados mexe com alguma coisa dentro da gente que não tem muita explicação.
É engraçado observar as pessoas perto dessa data. Brotam sorrisos repentinos,suspiros,olhares sonhadores.Começam a surgir programações,idéias e pedidos,afinal,nada mais propício.
Comemos mais chocolate,lemos mais poesias e fica mais fácil se emocionar.Dá mais vontade de ficar juntinho,de se declarar,de gostar de alguém.
Há quem negue e diga que é besteira,mas se prepara e espera um presente. E até ensaia pra dizer algo à alguém,mesmo que esse alguém nem exista...
Começamos a olhar cartões e observar floriculturas, a procurar alguém que faça o coração bater mais rápido,as coisas começam a fazer outro sentido,porque mesmo em segredo,todo mundo quer amar.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

No fim,dá certo.

Depois de choradas as lágrimas,lamentados as tristezas,passadas as mágoas,fica tudo bem.
voltam a surgir os sorrisos,pois afinal, tudo se resolveu.
O que era mau, no fundo,não era tãaao mau assim, e as soluções começam a surgir.
Nunca se está completamente sozinho, nunca chegamos ao fim da linha sem que fique tudo certo.
As coisas se resolvem,ficam do seu jeito torto,certas e a gente descobre que era melhor mesmo que tivesse sido assim.
Percebemos que há jeito de sobreviver às tempestades e que somos mais fortes que as circunstâncias. No fim, depois que a crise acaba,que o medo passa, que chega ao fim...dá certo.
Atravessou a porta como um vulto. Não viu,nem ouviu mais nada.
Desistiu do banho,de fazer dever, de comer. Ignorou todas as necessidades, fossem do corpo,da mente,da alma.
Tentou esquecer tudo que havia pertubado o dia todo,mas era inevitável.
Queria dormir,ouvir duzentas vezes a mesma música e ter aquela pessoa, mas de que jeito?
Nem tinha mais tanta certeza de que seu sentimento era totalmente recíproco.
Chorou em soluços a falta de quem nunca teve, que quem perdeu e das soluções.
Preguiça,sono,insegurança e medo.
Saudade de quem não tinha, falta das pessoas que precisava,solidão.