Ainda bato meu salto de 7 centímetros pela sala ouvindo chamar o telefone.
Se a hora é propícia,ou se é conveniente,prefiro não pensar.Apenas sinto meu instinto que já começa a ser mais forte do que eu.
A casa silenciosa faz ecoar ainda mais alto o que fala dentro de mim e que transborda a cada segundo que o telefone chama e que você não atende.
Melhor deixar pra lá,tentar amanhã. Quem sabe dormir,ler,ou sair "pra esparecer"...Pra que?
No fundo eu sei que o perfume,o vestido e o laço no cabelo são só pra você,porque mesmo distante eu me preparo,eu me arrumo pra te ver.
Vou falar um monte de besteiras sentimentalóides,que você vai julgar clichê. Então...pra que?
Pra ouvir a sua voz me dizendo que logo volta,que logo ficará tudo bem,que mesmo longe está comigo e que não tem olhos pra ninguém.
Pra dizer que preocupação é besteira e que a saudade vai passar depressa.
Pra dizer que me ama,ou só me chamar de flor.
Mas o telefone ainda chama e eu ainda bato meu salto de 7 centímetros pela sala escura...
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3 comentários:
Oi Clare eu confesso que estou muito bem impressionado com seus escritos.
Sou um colecionador de blogs que a vida me traz ao acaso, sou um pescador de gente que ainda sente e pensa, sou um curioso na humanidade.
Não sou nada que ameace, dessas ameaças que abundam por nosso planetinha, não sou obsessivo, não sou tarado.
Eu sou leitor inveterado.
Sou um admirador do Carlos Drummond de Andrade, do Vinicius, da Clarisse, do Quintana, Do Rosa, etc...
Gosto de poesias e prosa, gosto de contos e romances, de ficção e da realidade.
Seu blog está adicionado nos meus favoritos de blogs. Alguns eu conheço, a maioria não, não importa.
Fiquei bem impressionado.
Obrigado por fazer parte dos que gostam de escrita e se expressam dessa forma (entre outras) de desejo vida longa e muito amor.
O laço no cabelo é uma das lembranças mais doces que tenho da sua pessoa... mas "pagava caro" para lhe ver assim... batendo o "salto de 7 centímetros pela sala"... e deixando que seu instinto seja mais forte que você!!
Beijo...
tem gente que nasceu pra viver,
tem gente que nasceu pra morrer,
a clarinha nasceu pra escrever.
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