segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Sampa

Tão perto, tão distante. Entre os folclores, comentários, fotos e pessoas, misturando as distâncias físicas e da imaginação, eu vou pensando "como será, como será?"
Às vezes quase seguro com as mãos, e logo me escapa, desliza. Rondo, planejo, mas não finco meus pés por lá. O porque de tanta curiosidade nem eu sei dizer, se a vontade me engana, não sei. "Que chama!", me chama...
A cidade que no meu imaginário era cinza, quase breu de indiferença, vai ganhando cor, forma, brilho, charme, som.
Não sei onde fica a Ipiranga, nunca vi a "avenida São João", mas alguma coisa acontece no meu coração, que percorre todo o corpo, as pernas, os olhos, as unhas, os cabelos e a imaginação angustiada pede o concreto. Quero cheirar, sentir, tocar, ver, vivenciar... Eu preciso viver São Paulo.
Se a poesia é dura e eu nem tão deselegante quanto as tuas meninas, pouco me importa. Me adequando ou não, eu só queria um salto de pirueta, cambalhota no avesso(do avesso do avesso). Uma dose curta e forte de garoa pra matar tanta sede.
Tudo ao redor me indica, me convida, me aponta. Ando, passeio, volto e quando olho, algum sinal de você, terrinha exibida e desconhecida.
Túmulo do samba, mais possível novo quilombo de zumbi?
Alguma coisa acontece no meu coração... Que palpita animado pensando em cruzar a Ipiranga, passear na avenida São João.
 O que me chama, o que me espera, o que me seduz?
O que me levará a você? Que razão, que meio, com que fim?
 ô São Paulo, o que você guarda pra mim?

2 comentários:

Alice disse...

Estou aqui, te esperando de braços abertos pra te acompanhar...

Yke Leon disse...

Já tive a oportunidade de ir a São Paulo e confesso que ela ficou muito mais interessante no seu texto do que é de fato. Talvez meu Rio de Janeiro não me deixe ter olhos para outros lados...

Yke Leon, do www.revolutear.blogspot.com