sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Bandeira branca, amor.


Remexendo minhas sensações e os meus pensamentos, noto então o caos que se instaura. O fascínio da contradição. Ninguém mais tem tanta paz, ninguém mais tem tanta confusão. Não há quem me cause, atualmente, mais batalhas internas. Já pensei que era isso que me encantava, já tive certeza que eu me atraia pelas curvas sinuosas das minhas e das suas confusões. Erro meu. Pensando em você hoje, cheguei a conclusão de que o que tanto me encanta e paralisa é a paz que cabe dentro de um abraço, de um sorriso, de um "alô" no telefone, calmaria capaz de freiar a inquietação.
Quase convencida de que era a guerra desse sentimento, que tanto me mantinha presa, me dei conta de que minha imobilidade e minha fascinação era mantida por uma sensação de tranquilidade e leveza que só aquele colo sabe transmitir.
As ideias que se atravessam, se chocam, embate, dúvidas na revolução carnavalesca que se cria dentro de mim(intensa, mas cheia de lirismo) se freiam. A confusão de buzinas, frevos, cores, palavras, multidão arrastada, fantasias, novidade, poeira, fumaça e tiros em disparada se cala quando eu te vejo. Ofuscando o que eu pensava, o que eu queria, o que eu pensava que queria e o que, em definitivo, em queria pensar, se hasteia em mastro lustroso pacífica emoção.
É pluma, pacato, cristalino.
Bandeira branca, amor.

obs: Esse texto era um desenho, que se montou inteirinho na minha cabeça, mas que minhas mãos não souberam desenhar. Eis aqui em forma de palavra o que eu senti e visualizei.

2 comentários:

Júlia Borges disse...

Belos traços.

Beijos

Pedro Paz disse...
Este comentário foi removido pelo autor.