terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cresça, Clara!


Enxugue as lágrimas do rosto e vá adiante.
Tire o pijama e pare de se lamentar na cama entre os cobertores.
Sua parede, se pudesse lhe diria "Saia daí, levante essa estima"
Pare de se encantar por qualquer meia duzia de palavras e se forçar pra diminuir as suas mágoas e dores. Decepção, raiva, rancor. Que seja, que sinta! Respeite suas vontades e tenha força. No fundo, você não precisa de ninguém.
Postura. Erga os ombros e ande pra frente. Devagar se chega, com paciência. Mas parada, não há perseverança que te leve a lugar nenhum.
Pare de se justificar atrás da sensibilidade, do coração frágil e do jeito 'menina demais', de se esconder e tapear o que na verdade é "covardia".
Não se subestime, que papo mais antigo. Você que se gaba de querer novidade, não vira uma página de sua vida.
Que medo é esse? O que acha que perde se valorizando?
Se for pra ser, será. E se não for... Que se vá e que se vá depressa.
Tudo se perde, só não se perca. Tudo passa, só não se passe pra trás. Seja fiel a você mesma, se ame.
Ora, nessa confusão toda só vai lhe sobrar você! Se goste! Vai ter que se aturar pelo resto da vida. E se ficar difícil a convivência... Transforme, modifique.
Os anos passam. Vão se as paixões, as vivências e essa Clara continua a mesma?
Sem medo e sem receio, siga em frente. Por que tanto se subestimar?
Depois vai reclamar da falta de valor que os outros te dão, das interpretações erradas que as pessoas fazem, da imagem que você não gostaria de ter pro mundo.
Parece clichê e conversa fiada, mas Clara... Se você não se olhar diferente, de onde partirá essa visão?
Agora faça o favor de amadurecer. Duvido que esteja gostando de sentir esse nó no meio do peito. Tão conhecido, né?
As coisas vão adiante, mas o seu sentimento é sempre o mesmo diante das situações... De aperto, medo, e como se estivesse de mãos atadas.
Solte essas mãos, solte esse coração, essa cabeça...
Seja livre! Livre de você mesma.
Das suas pressões, das suas opniões, das algemas que só existem na sua cabecinha limitada. Se liberte de você, garota!
Levante, ande, mude, transforme, encare, carregue... Cresça Clara, cresça.

4 comentários:

Marcela disse...

Depois de tantos verbos no imperativo, tantos conselhos e lições... É melhor você se obedecer, Clara, caso contrário, você pode acabar ficando brava consigo mesma.
Tome fôlego, Clarinha, sinta tudo que for pra sentir e siga adiante.

J.L. disse...

Acredito que essas são as frases que mais passam na nossa cabeça em toda a nossa vida. Já parei de acreditar nelas, não porque eu deixei de acreditar na sua necessidade, mas, porque sei que enquanto elas são listadas existem milhares de sensações por trás delas que não me dão segurança para continuar. Percebi que somente a real necessidade de mudar nos faz abrir os olhos e sair da prisão da mente em que permanecemos quando recebemos um soco do estomago do destino. Não gosto muito de me aprofundar nesses conselhos, acho que cada um faz o melhor pra si. E que cada um acredita em uma melhor maneira para adiquirir o melhor de si mesmmo. Desejo sempre o melhor para você, mesmo longe. Quero você viva e feliz. Nem que para isso você tenha que descobrir a insegurança e a infelicidade como tantos. Isso faz parte... Compõe as tardes em que lembramos de outros dias, rindo de nós mesmos. Tudo na vida passa, e mesmo assim permanecemos.

Fran carvalho disse...

vc cresceu e não se deu conta ainda. bj

Júlia Borges disse...

É, Clara, liberte-se!
Que preocupação tola em se ter livre de si mesma...
Ih! Contradições... E agora?
É, Clara, foge?
hehehe...


Aiai, eu bêbada?

beijos