quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Eu tenho a mim

Quando de noite eu acordo, com medo, com frio,sem sono, me abraço e canto pra mim aquela velha canção.Eu me embalo nos sonhos mais bonitos e recordações que nem o tempo, nem o mofo conseguirá degredar.Me aperto devagar nas pequeninas memórias de uma Clara que nunca teve medo de nada, que enfrentou tudo com determinação e cantarolo a canção que me dá força...Aos poucos descanço, nos meus próprios braços, sem sentir mais a solidão que devora, que corrõe.E volto ao sono, sem temer o corte de novas feridas, sem temer o tempo, sem temer o pesadelo, por ter a canção, por ter a mim.

Um comentário:

Júlia Borges disse...

"passa o inverno chega o verão..."
;)