quinta-feira, 4 de junho de 2009

Para ver com outros olhos




Quantas coisas nos compõem!
Somos feitos de sentimentos, sensações, lembranças, sonhos... Por que não dizer que o cimento que sustenta nosso edifício inteiro, entre os tijolos sólidos da nossa construção seja uma boa dose de insanidade?
De sensível, de cético, de racional, de ingênuo, de romântico, de malandro, todos nós temos um pouco. E por que não dizer, um tanto considerável, de louco?
Talvez o rótulo de "maluco" seja uma maneira pejorativa de dizer "diferente". Afinal, não seriam esses insanos uma forma peculiar de gente? Pessoas que encontram uma maneira de sobreviver, se sustentar nesse mundo que de normal, (convenhamos!), não tem nada ?
Não seria a rotina, uma sala de espera de hospital psiquiátrico? Talvez todos nós tenhamos diagnósticos diferentes e a própria vida seja um tratamento sem final determinado, onde estamos sujeitos à altos e baixos e a adquirir sempre mais insanidade. Pra simplicar,ou quem sabe,apenas para conviver, tenho feito da normalidade, algo utópico e inexistente e da loucura, um prato de feijão com arroz. Simples, habitual e por que não dizer, necessário?

Loucura. S.F.1. Insanidade mental. 2. Falta de discernimento;irreflexão,absurdo, insensatez. 3. Tudo que foge às normas, que é fora do comum; grande extravagância. 4. Pessoa, animal ou coisa a que se devota grande amor ou entusiasmo.



No fim das contas, quem é que pode dizer que é lúcido?

2 comentários:

Alice disse...

Muito melhor sermos loucos. A loucura é a melhor forma de sanidade que uma pessoa pode ter. Porque quanto mais louca, mais ela sabe sobre o que está falando. E acredito que mais do que o trabalho, a loucura enobrece o homem porque convenhamos, para aguentar o mundo do jeito que ele anda, só sendo louco. Paradoxo, mas real. Nietzsche disse, há sempre um pouco de razão na loucura. E há sempre um pouco de loucura no amor.
O que sei é que para ser normal, tem de ser louco. E que sejamos cada vez mais loucos. Eu, você, e todo mundo que acredita no amor, na razão e na sanidade.
Talvez a loucura seja o melhor jeito de encarar a realidade.

"A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal."
Do maior defensor de loucos, Raulzito.

Beijos
Lice

Isa disse...

Outro dia na aula de filosofia me foram apresentadas as categorias do entendimento.

As categorias do entendimento é o meio comum pelo qual todos os homens vêem as coisas. Nós as filtramos sendo, assim, incapazes de vê-las como realmente são.

E quando chegam pessoas sem filtros, ou com filtros diferentes, nos assustamos e queremos trancá-las longe dos olhos para não sermos lembrados de que não somos absolutos.

No fundo mesmo somos todos bonequinhos pelados andando num fundo branco.

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Tá, essa última parte eu inventei :)