escorre o tempo pelas mãos da menina
Pelos carnavais, por entre as esquinas
pela carta de amor que fez o namorado
apressado entre os cortejos do rapaz apaixonado
Pela rugas de quem sabe que ele está passando
pelos olhos e na vida dos que estão começando
Nos sorrisos, brincadeiras e cirandas
Nas lembranças, cartas e fotografias
Criança travessa e avô centenário
Implacável, atento, apressado
Escorregando entre os dias da gente
Brinco de tentar segura-lo
Mas acabo me perdendo em dias
confusa entre anos e vivências
aprendi que com ele não se brinca
E então quando o procuro, entre as minhas mãos
onde ele estava
Entre as minhas fotos, onde o retratava
Entre os meus cabelos, onde residia
"Não acho", "perdi"
sumiu, rumou, feriu, traçou
passou....
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Olha..
Sempre muito bom voltar aqui...
E ver que estas letrinhas sempre seguem de maneira brilhante...
Sobre o post..
Adoro escrever sobre o tempo
Tudo passa por ele, ele passa por tudo, é severo, permanente, mágico e poético..
Sempre o tempo.
Beijo
Neo
Postar um comentário